A meia-vida é o tempo necessário para que metade da quantidade de um isótopo radioativo se desintegre por decaimento radioativo. É uma característica específica de cada isótopo e não é afetada por fatores externos. Após uma meia-vida, metade dos núcleos do isótopo se desintegram, e esse processo continua sucessivamente. Esse conceito é crucial na previsão da atividade radioativa ao longo do tempo, e tem diversas aplicações práticas, como na datação de materiais, na medicina nuclear e na gestão de resíduos radioativos.
Exemplo de exercício:
O Unirio-1999 O 201-Tl é um isótopo radioativo usado na forma de TlCl₃ (cloreto de tálio), para diagnóstico do funcionamento do coração. Sua meia-vida é de 73h (≈3 dias). Certo hospital possui 20g deste isótopo. Sua massa, em gramas, após 9 dias, será igual a:
Uma das aplicações mais conhecidas do tempo de meia-vida é a datação de fósseis através do radioisótopo carbono-14, que se baseia no decaimento beta do carbono-14, com uma meia-vida de 5.730 anos. Para compreender melhor o processo de datação de fósseis, convidamos você a assistir ao vídeo abaixo:
Autor: Ingryd Soares C. Pereira
Última Atualização: 21/02/2024
Referências:
ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
Fonseca, Martha Reis Marques da. Química vol. 3. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2013.
USBERCO, João; Salvador, Edgard. Química Geral. 12ªed. São Paulo: Saraiva, 2006.