Em 1895, o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen descobriu acidentalmente os raios-x.
Em 1896, o físico francês Henri Becquerel estava estudando os raios-x e investigando se os materiais fosforescentes poderiam emitir raios-x após serem expostos à luz solar. Becquerel descobriu que o urânio emitia uma radiação penetrante, que não dependia de estímulos externos, e chamou esse fenômeno de "radiação urânica".
Fonte: Atkins; Jones; Laverman, 2018, p.748
Henri Becquerel fez a descoberta da radioatividade ao perceber que uma placa fotográfica, que não havia sido exposta à luz, ficou escurecida após ser mantida próxima a uma amostra de óxido de urânio. A imagem, a esquerda, apresenta uma das placas originais com o registro desse acontecimento.
Em 1898 Marie e Pierre Curie investigaram a "radiação urânica" e identificaram que tório e o polônio também emitiam radiações similares, nomeando esse fenômeno de "radioatividade".
Em 1898, Marie Curie isolou o elemento altamente radioativo "rádio" do minério de urânio, pechblenda, e conduziu estudos detalhados sobre os novos elementos radioativos e suas propriedades, com a colaboração de seu marido. Os esforços de Marie Curie no estudo da radioatividade resultaram em dois Prêmios Nobel, um deles compartilhado com seu marido, o físico francês Pierre Curie, e com Becquerel.
Em 1899, Rutherford demonstrou a existência de três tipos diferentes de radiação emitidos pelos átomos radioativos: os raios alfa, beta e gama.
Por meio de um experimento, Rutherford conduziu a radiação entre dois eletrodos, um positivo e outro negativo, para estudar os efeitos de um campo elétrico na radiação nuclear. Sua pesquisa resultou na identificação de três tipos de radiação distintos. Ele observou que os raios α possuíam carga positiva, os raios β possuíam carga negativa, enquanto os raios γ eram neutros, ou seja, não tinham carga elétrica. Essa descoberta revolucionou nossa compreensão da estrutura atômica e marcou um importante avanço na ciência nuclear.
Fonte: Atkins; Jones; Laverman, 2018, p.749
Autor: Ingryd Soares C. Pereira
Última Atualização: 20/04/2023
Referências:
ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
Musée Curie. [s.d.]. Disponível em: <https://musee.curie.fr/>. Acesso em: 20 abr 2023.